Descrição
Uma história que esperou 200 anos para ser contada.
Há 200 anos, o mundo passava por grandes transformações. Os ventos de mudança provocados pela revolução francesa varriam o absolutismo da Europa, enquanto as tropas de Napoleão avançavam impiedosamente pelo velho continente. O Brasil, que virou sede do governo português após a fuga da família real para cá, estava em crise e dividido. A polarização era entre o partido português – absolutista e defensor da volta do Brasil ao status de colônia – e o partido brasileiro – defensor do liberalismo e da independência. Esse é o cenário do romance histórico Sete dias em setembro, do escritor Victor Mascarenhas.
O livro – dividido em sete partes, uma para cada dia da semana que antecede a independência – é protagonizado pelo correio-geral da corte Paulo Emílio Bregaro e pelo major Antônio Ramos Cordeiro, os dois mensageiros que partiram do Rio de Janeiro para São Paulo com a missão urgente de entregar a D.Pedro as cartas que provocaram o jovem príncipe a declarar a separação do Brasil de Portugal.
A viagem da dupla transforma-se numa jornada perigosa, onde os mensageiros são obrigados a enfrentar salteadores, opositores da independência e inimigos do príncipe, enquanto cavalgam desesperadamente para alcançar o imprevisível D.Pedro e vão sendo transformados pelo que conversam e veem nessa viagem pelo interior do país.
Contado pela ótica dos coadjuvantes, o livro resgata personagens reais e pouco conhecidos, como o velho conde holandês e general de Napoleão Dirk van Hogendorp, que vivia exilado na floresta da Tijuca e era conselheiro informal de D.Pedro; o frei Arrábida e dona Maria Genoveva, respectivamente o preceptor e a governanta que acompanhavam Pedro desde criança; Plácido Pereira de Abreu, o alcoviteiro e sócio do príncipe; o maestro Marcos Portugal, professor de música de Sua Alteza; o cônsul britânico Henry Chamberlain; o incendiário jornalista baiano Francisco Gê Acaiaba Montezuma ou Maria do Couto, dona de uma estalagem em Cubatão que oferece chá de goiabeira para amenizar os efeitos da famosa dor de barriga que acometeu o futuro imperador do Brasil às margens do Ipiranga.
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