Bahia vista por um passarinho

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R$250,00

de Rui Rezende

Formato: 30 x 30 cm
Páginas: 324 páginas
ISBN: 978-65-88597-25-5
Peso: 2,700 kg
Ano: 2022

Voar é sonho que se carrega de criança. Desde pequenos desejamos novos ângulos para nos alimentar das imagens. Não nos contentamos apenas em olhar do chão. Queremos apreciar a grandeza que dos nossos pés as vistas não alcançam. Tal como um pássaro, de barriga para baixo e olhos arregalados para que neles caiba a vastidão da paisagem… a voar, voar… com voos rasantes, peneiradas providenciais, suspenso no ar, quase a boiar…

Não é exagero dizer que este livro é um encontro com um desses sonhos de voar de criança. É um presente que Rui Rezende nos oferece,
com seu olhar de passarinho, olhar fotográfico preciso e transdisciplinar que sobrevoa o Estado da Bahia, a contemplar seu corpo semiótico, geomorfológico, estético, antropológico, sociológico, vivo e em movimento.

A Bahia, com seus 564 mil km2 de extensão territorial, é maior que qualquer país da Europa ocidental, 5º maior estado brasileiro e 4º mais populoso, com quase 15 milhões de pessoas. Faz divisa com os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, é formado por três biomas (Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, além do Costeiro e Marinho) e atravessado pelo ziguezague quase transversal do rio São Francisco, que segue até o oceano Atlântico cumprindo sua sina sagrada de ser milagre para os povos são-franciscanos.

Em busca de enquadramentos e flagrantes inesperados, de imagens intrigantes e espetaculares, Rui Rezende cruzou os céus desse Estado rico em diversidade, cheio de contrastes, de moventes identificações culturais e contradições sociais e ambientais agudas. Sobrevoou suas extremidades e seu interior, litoral e sertão, Cerrado, vales e serras. Seus olhos encontraram da agricultura familiar ao agronegócio; da pescaria tradicional de curral a embarcações marítimas esportivas; da rotina quase inabalável do cotidiano a manifestações carnavalescas, juninas e religiosas; e mergulharam nas confluências dos rios que desenham sulcos molhados na pele rugosa dessa terra baiana. Assim correm o Velho Chico, Jequitinhonha, Vaza-Barris, Paraguaçu, Carinhanha, Corrente, Grande, Preto, Jiquiriçá, Rio de Contas, Jacuípe… Ah! São tantos, tantas cachoeiras deslumbrantes!

Tenho a impressão de que nesse processo de apreciação desse livro o olhar de Rui Rezende nos empresta asas com as quais fazemos nossos próprios voos. Assim, somamos à sua a nossa subjetividade, e a cada página e fotografia de um pedaço da Bahia que sobrevoamos, vivemos uma nova experiência, tocamos em novas cores e desenhos. Viramos a página e, novamente, já estamos em outro lugar, outro lugar, outro olhar – olhar de passarinho, olhar travesso que vê com alegria e reflexão o movimento das coisas.

As fotografias não estão organizadas por ordem temática, mas há organização, há uma maneira instigante de apresentar. Os assuntos se juntam e se separam, se encontram e se misturam. O livro começa em qualquer página. Não importa se você começa pela página ou fotografia que mostra um pequeno campo de futebol envolto de um amontoado de casas de um bairro periférico de Salvador, ou pela Fonte Nova, com um amontoado de gente para assistir a um jogo; se pela Feira da Troca, em Juazeiro, ou pelos tropeiros do Vale do Pati, se por flagrantes no meio rural ou pela chuva que cai no horizonte. Não importa. Tudo está no mesmo corpo: a Bahia. Neste caso, uma Bahia construída através de um mosaico fotográfico com a assinatura sensível de Rui Rezende.

Este é o oitavo livro publicado por esse baiano de Amargosa, que tem uma característica curiosa: apresentar em seus trabalhos fotografias comparativas e contar histórias através de sequências fotográficas. Esse recurso, para além do contraste estético, às vezes realça diferenças, às vezes enfatiza singularidades e quase sempre leva a contempladora ou o contemplador a refletir sobre algo.

A paixão de Rui Rezende pela aviação nasceu com ele, mas só foi percebida efetivamente no dia em que o pai o levou para conhecer um avião. É uma das lembranças afetivas de menino que guarda com carinho. Firmou até que queria ser piloto. Para sorte nossa, ele se tornou um fotógrafo apaixonado por voar. Dessa paixão, então, nasceu o “Bahia Vista por um Passarinho”. Mas não foi uma gestação fácil. Atravessar a pandemia da covid-19, buscar parceiros que acreditassem no projeto e se inspirar em um cenário tão controverso. Diante de todo esse contexto, selecionar um pouco mais de 300 fotografias de 128 mil produzidas foi até prazeroso, embora desafiador.

Para encerrar, quero dizer ainda que este livro dispõe de um mapa que mostra os pontos do Estado fotografados e cerca de 80 QR Codes com vídeo sobre essa produção fotográfica.

Agora, é respirar fundo e se preparar para os voos que o aguardam nas próximas páginas por este gigante e deslumbrante Estado baiano.

 

Texto por: Cícero Félix

Rui Rezende

Rui Rezende, desde 2003, dedica-se à fotografia de natureza e das pessoas em sua vida cotidiana e suas manifestações culturais.

Descrição

Voar é sonho que se carrega de criança. Desde pequenos desejamos novos ângulos para nos alimentar das imagens. Não nos contentamos apenas em olhar do chão. Queremos apreciar a grandeza que dos nossos pés as vistas não alcançam. Tal como um pássaro, de barriga para baixo e olhos arregalados para que neles caiba a vastidão da paisagem… a voar, voar… com voos rasantes, peneiradas providenciais, suspenso no ar, quase a boiar…

Não é exagero dizer que este livro é um encontro com um desses sonhos de voar de criança. É um presente que Rui Rezende nos oferece,
com seu olhar de passarinho, olhar fotográfico preciso e transdisciplinar que sobrevoa o Estado da Bahia, a contemplar seu corpo semiótico, geomorfológico, estético, antropológico, sociológico, vivo e em movimento.

A Bahia, com seus 564 mil km2 de extensão territorial, é maior que qualquer país da Europa ocidental, 5º maior estado brasileiro e 4º mais populoso, com quase 15 milhões de pessoas. Faz divisa com os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, é formado por três biomas (Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, além do Costeiro e Marinho) e atravessado pelo ziguezague quase transversal do rio São Francisco, que segue até o oceano Atlântico cumprindo sua sina sagrada de ser milagre para os povos são-franciscanos.

Em busca de enquadramentos e flagrantes inesperados, de imagens intrigantes e espetaculares, Rui Rezende cruzou os céus desse Estado rico em diversidade, cheio de contrastes, de moventes identificações culturais e contradições sociais e ambientais agudas. Sobrevoou suas extremidades e seu interior, litoral e sertão, Cerrado, vales e serras. Seus olhos encontraram da agricultura familiar ao agronegócio; da pescaria tradicional de curral a embarcações marítimas esportivas; da rotina quase inabalável do cotidiano a manifestações carnavalescas, juninas e religiosas; e mergulharam nas confluências dos rios que desenham sulcos molhados na pele rugosa dessa terra baiana. Assim correm o Velho Chico, Jequitinhonha, Vaza-Barris, Paraguaçu, Carinhanha, Corrente, Grande, Preto, Jiquiriçá, Rio de Contas, Jacuípe… Ah! São tantos, tantas cachoeiras deslumbrantes!

Tenho a impressão de que nesse processo de apreciação desse livro o olhar de Rui Rezende nos empresta asas com as quais fazemos nossos próprios voos. Assim, somamos à sua a nossa subjetividade, e a cada página e fotografia de um pedaço da Bahia que sobrevoamos, vivemos uma nova experiência, tocamos em novas cores e desenhos. Viramos a página e, novamente, já estamos em outro lugar, outro lugar, outro olhar – olhar de passarinho, olhar travesso que vê com alegria e reflexão o movimento das coisas.

As fotografias não estão organizadas por ordem temática, mas há organização, há uma maneira instigante de apresentar. Os assuntos se juntam e se separam, se encontram e se misturam. O livro começa em qualquer página. Não importa se você começa pela página ou fotografia que mostra um pequeno campo de futebol envolto de um amontoado de casas de um bairro periférico de Salvador, ou pela Fonte Nova, com um amontoado de gente para assistir a um jogo; se pela Feira da Troca, em Juazeiro, ou pelos tropeiros do Vale do Pati, se por flagrantes no meio rural ou pela chuva que cai no horizonte. Não importa. Tudo está no mesmo corpo: a Bahia. Neste caso, uma Bahia construída através de um mosaico fotográfico com a assinatura sensível de Rui Rezende.

Este é o oitavo livro publicado por esse baiano de Amargosa, que tem uma característica curiosa: apresentar em seus trabalhos fotografias comparativas e contar histórias através de sequências fotográficas. Esse recurso, para além do contraste estético, às vezes realça diferenças, às vezes enfatiza singularidades e quase sempre leva a contempladora ou o contemplador a refletir sobre algo.

A paixão de Rui Rezende pela aviação nasceu com ele, mas só foi percebida efetivamente no dia em que o pai o levou para conhecer um avião. É uma das lembranças afetivas de menino que guarda com carinho. Firmou até que queria ser piloto. Para sorte nossa, ele se tornou um fotógrafo apaixonado por voar. Dessa paixão, então, nasceu o “Bahia Vista por um Passarinho”. Mas não foi uma gestação fácil. Atravessar a pandemia da covid-19, buscar parceiros que acreditassem no projeto e se inspirar em um cenário tão controverso. Diante de todo esse contexto, selecionar um pouco mais de 300 fotografias de 128 mil produzidas foi até prazeroso, embora desafiador.

Para encerrar, quero dizer ainda que este livro dispõe de um mapa que mostra os pontos do Estado fotografados e cerca de 80 QR Codes com vídeo sobre essa produção fotográfica.

Agora, é respirar fundo e se preparar para os voos que o aguardam nas próximas páginas por este gigante e deslumbrante Estado baiano.

 

Texto por: Cícero Félix

Informação adicional

Peso 2,7 kg
Dimensões 30 × 30 cm

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