Descrição
Temperada com a moral e a metafísica do asfalto, e algum fundo policial, assim é constituída a receita dos contos inseridos em “Ao longo da linha amarela”.
No conto, o avô narra o conflito de gerações entre pai e filho; em ‘Edifício Favela’ o personagem rouba e tenta negociar os originais manuscritos do poeta Castro Alves; ‘Cicerone cego’, como o próprio título já diz, um guia cego se oferece para guiar pessoas pela cidade, o que resultará em desastre; ‘Filoctetes’ dialoga de perto com ‘Edifício Favela’, o roubo visado agora são telas de Picasso, para a produção de cópias falsificadas; ‘Carros invisíveis atropelam transeuntes distraídos’ possui um clima fantástico com sua lógica cruel; em ‘Seguir nem sempre é avançar’ há uma cidade íntimo-externa do narrador que faz seu autoexame de consciência enquanto atravessa o centro.
“Há uma fluência, como um trânsito sem engarrafamento, no estilo, porém com diminuições de marcha em certos pontos narrativos. No conto ‘O que se desloca’ é o sujeito que pensa enquanto anda, já o ‘Aprender pela forja’, o livro, é acima de tudo linguagem.” João Filho
Na Coleção Cartas Bahianas, os autores participantes representam uma turma de escritores do cenário baiano, muitos reconhecidos em blogs e prêmios literários, que ganharam espaço para publicação editorial. Nas páginas dos livros, que lembram o formato de um envelope, os temas retratados são livres e pessoais. Valem contos, prosas e poesias.
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