Descrição
“Trilogia do asfalto” foge do tradicional quando se fala em literatura de viagem ou literatura de estrada (road novel). O estilo, que não é novo (Odisseia de Homero e On the Road são alguns dos exemplos mais clássicos), é reinventado pelo autor.
Em Naquela Manhã de Fogo, que abre o livro, um homem sai de um carro na estrada e se aproxima de um casebre, para beber um suco de umbu. “O suco é um indício de que a história se passa em um ambiente árido, que poderia ser a BR-242, na Bahia, que passa por Itaberaba”, diz Dênisson. No casebre, o homem busca pistas que o levem até a sua mãe, que ele não conheceu.
O conto que encerra a Trilogia do Asfalto, passado na cidade, é Roupa Íntima, Amor Felino, sobre um homem que observa, de sua janela, a vizinha por quem está apaixonado. “Minha filha ficou chocada com a frase que inicia o conto: ‘O gato é um animal idiota’”, diz o escritor, que não tem aversão aos felinos, mas gosta mais dos cães.
Essa história rendeu a Dênisson o prêmio de melhor conto no XXIV Prêmio Internacional Cataratas de Conto e Poesia de Foz Iguaçu 2015. “É uma premiação tradicional, entregue há 24 anos e fiquei surpreso e muito feliz quando ganhei. Só o inscrevi por insistência da agente literária que eu tinha na época”, lembra-se Dênisson, que diz não ser muito atento aos prêmios distribuídos no país, embora saiba que existam muitos. “Não tenho paciência de sair garimpando”, diz o autor.
Na Coleção Cartas Bahianas, os autores participantes representam uma turma de escritores do cenário baiano, muitos reconhecidos em blogs e prêmios literários, que ganharam espaço para publicação editorial. Nas páginas dos livros, que lembram o formato de um envelope, os temas retratados são livres e pessoais. Valem contos, prosas e poesias.
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