Descrição
Todos os volumes da Coleção Cartas Bahianas, da P55 Edição, têm o formato de um envelope de carta, com uma aba que sobressai da capa e se encaixa ao fundo. O formato do livro pareceu unir-se à vocação da publicação, o que levaria facilmente ao leitor acreditar que seria uma edição personalizada. “Ficções ao mar” – como quem posta, envia.
Seriam estes microcontos mandados ao mar? O curioso é que o autor vive em Riachão de Jacuípe, no sertão baiano. Ele não escreveu uma homenagem como quem está a alguns passos das ondas, elas talvez sejam as destinatárias.
“Na dedicatória feita à caneta no meu exemplar, ele descreve do seguinte modo o percurso: ‘(são) respingos do mar que habita cada sertanejo’. O que lembra de imediato a máxima de Antônio Conselheiro, do sertão a virar mar e vice-versa. Algumas teorias geológicas apontam, inclusive, que várias rochas do semiárido são semelhantes às que constituem hoje o fundo do oceano. Para além das evidências, no entanto, existe do sertão para o mar, como de toda coisa para o seu contrário, essa estranha intimidade, esse parentesco, e é o que parece buscar este livro.” Saulo Dourado
Na Coleção Cartas Bahianas, os autores participantes representam uma turma de escritores do cenário baiano, muitos reconhecidos em blogs e prêmios literários, que ganharam espaço para publicação editorial. Nas páginas dos livros, que lembram o formato de um envelope, os temas retratados são livres e pessoais. Valem contos, prosas e poesias.
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