Descrição
Conto denso, em que a palavra se reinventa, inaugura sentidos e rompe com noções basilares de tempo e espaço.
O título desta obra veio de um texto que a autora escreveu para uma peça de teatro em homenagem a Nelson Rodrigues, Batata!, do grupo baiano Dimenti.
A escritora Kátia Borges faz um relato das suas vivências:
“Há crônicas também e exercícios de observação. Sou muito humilde em relação ao que escrevo. Antes de publicar, submeti a dois amigos em quem confio 110%. Clarice Lispector já dizia: “quem tem medo não escreve”. Escrever exige mesmo destemor.”
“Sobrevivi aos 15 anos. E, assim como os escorpiões amarelos, criei hábitos noturnos e crepusculares. Uma dose de álcool, algum fumo. Coisas normais para quem traz um ferrão cravado no peito. Casei, acasalei, emudeci, gritei durante os partos. Sou uma mulher absolutamente comum. Do tipo que prepara lanches deliciosos para os filhos, joga buraco com os amigos e faz amor duas vezes por semana com o marido. Olhem meus braços. Não há sinal de ferroadas. A cada manhã, escapo inteira do mesmo sonho.”
Na Coleção Cartas Bahianas, os autores participantes representam uma turma de escritores do cenário baiano, muitos reconhecidos em blogs e prêmios literários, que ganharam espaço para publicação editorial. Nas páginas dos livros, que lembram o formato de um envelope, os temas retratados são livres e pessoais. Valem contos, prosas e poesias.
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