Revista Barril

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R$40,00

de Diversos

Formato: 21 x 28 cm
Páginas:
68 páginas
ISSN: 2526-8872
Peso: 110 g
Ano: 2022

O que leva uma revista a abandonar o glamouroso universo digital das startups e redes sociais para amarelar em pilhas de papel e começar a disputar, centímetro a centímetro, um espacinho que seja nas superfícies empoeiradas dessa obsoleta instituição, a prateleira?

Quando fundamos a Barril, em 2016, nem imaginávamos uma vida impressa. A ideia era abrir um site, um espaço honesto de discussão e crítica das artes cênicas na Bahia, a nossa Grécia, para tornar as conversas dos espectadores menos monótonas, para pensar, logo, para arrumar confusão.

Mas nossos espíritos macunaímicos não conseguiram se conter e fomos para além dos palcos e demais inferninhos das artes cênicas. Expulsa a preguiça pelo cajado da coragem, decidimos encarar a arte inteira, seja lá o que isso fosse. E o Brasil inteiro, por que não? Então, de todas as zonas geográficas e estilísticas abarcadas por nossa fome de mais e mais, começou a chover pintura, fotografia, cinema, música, cultura digital, ensaios, esportes, ciência, quadrinhos, tradução, performance art, televisão.

Desde então, na contramão dos rumos do país, a história da Barril é marcada por glórias e sucessos. Viajamos de Nordeste a Sul enfiando nossos celulares na cara de leitores em potencial, em sua maioria seres atônitos não tanto pelo brilho da tela, mas por aquele famoso mamão que explodia em seus óculos de acetato. Conhecemos todo tipo de crítico e todo tipo de crítico de crítico: não raro um largo sorriso despontava debaixo de um bigode à Dali em meio a espetinhos de frango e goles de cerveja amarela. Mas nossa maior glória foi, mais de uma vez, ter conseguido pagar uns caraminguás a quem colaborasse conosco. Quais outros Olimpos poderiam almejar os editores de uma revista como a nossa?

No meio de nossa escalada havia uma editora, a luminosa P55 Edição, que hoje é nossa parceira. A Barril impressa, em si, surge como uma resposta à pergunta que nos guiou até aqui. Almejamos a solidez! Queremos trazer ao mundo um corpo forte, um corpo que pesa e sente, que causa tremor e atração, destaque no ringue e na pista de dança. Desejamos o prazer erótico das páginas se esfregando nas pontas dos dedos, do odor discreto da tinta formando letras nuas, das oscilações da luz sobre o papel.

Devaneamos também com um espaço real de diálogo com a academia: adentrar os estúdios de crossfit de todo o Brasil, essas platônicas cavernas da maromba, e ver a revista nas mãos do pessoal fazendo leg press, ou diante dos acadêmicos nas esteiras e bicicletas ergométricas, ou mesmo que as próprias revistas exerçam a função de halteres. Objetivo mais nobre não poderíamos almejar.

Mas este opúsculo é um objeto que encerra em si muitas respostas para nossa indagação. Temos uma certeza inabalável de que o Brasil pensa melhor depois de uma reflexão sobre Freddy Krueger, ou que se torna um lugar menos inóspito com uma análise justa da nossa melhor tradução do Inferno de Dante, um país mais preciso depois de conhecer com exatidão um ponto maldito no universo, desenhadinho. De resto, exorcizando o marasmo mental, nossa maior ação civilizatória é combater o único inimigo que realmente nos apavora: a chatice.

_______________

Diretores Editoriais
Daniel Guerra
Igor de Albuquerque

Editores
Alana Falcão
Paulo Raviere
Pérola Mathias

Projeto gráfico da capa e ilustração da capa
Peu Dourado

Coordenação editorial e de produção
André Portugal
Marcelo Portugal

Assistente editorial e revisão ortográfica
Carolina Melo

Assistente editorial
Yasmin Oliveira

Designers
Davi Cohen
Howfenns Cavalcante

Diversos

Descrição

O que leva uma revista a abandonar o glamouroso universo digital das startups e redes sociais para amarelar em pilhas de papel e começar a disputar, centímetro a centímetro, um espacinho que seja nas superfícies empoeiradas dessa obsoleta instituição, a prateleira?

Quando fundamos a Barril, em 2016, nem imaginávamos uma vida impressa. A ideia era abrir um site, um espaço honesto de discussão e crítica das artes cênicas na Bahia, a nossa Grécia, para tornar as conversas dos espectadores menos monótonas, para pensar, logo, para arrumar confusão.

Mas nossos espíritos macunaímicos não conseguiram se conter e fomos para além dos palcos e demais inferninhos das artes cênicas. Expulsa a preguiça pelo cajado da coragem, decidimos encarar a arte inteira, seja lá o que isso fosse. E o Brasil inteiro, por que não? Então, de todas as zonas geográficas e estilísticas abarcadas por nossa fome de mais e mais, começou a chover pintura, fotografia, cinema, música, cultura digital, ensaios, esportes, ciência, quadrinhos, tradução, performance art, televisão.

Desde então, na contramão dos rumos do país, a história da Barril é marcada por glórias e sucessos. Viajamos de Nordeste a Sul enfiando nossos celulares na cara de leitores em potencial, em sua maioria seres atônitos não tanto pelo brilho da tela, mas por aquele famoso mamão que explodia em seus óculos de acetato. Conhecemos todo tipo de crítico e todo tipo de crítico de crítico: não raro um largo sorriso despontava debaixo de um bigode à Dali em meio a espetinhos de frango e goles de cerveja amarela. Mas nossa maior glória foi, mais de uma vez, ter conseguido pagar uns caraminguás a quem colaborasse conosco. Quais outros Olimpos poderiam almejar os editores de uma revista como a nossa?

No meio de nossa escalada havia uma editora, a luminosa P55 Edição, que hoje é nossa parceira. A Barril impressa, em si, surge como uma resposta à pergunta que nos guiou até aqui. Almejamos a solidez! Queremos trazer ao mundo um corpo forte, um corpo que pesa e sente, que causa tremor e atração, destaque no ringue e na pista de dança. Desejamos o prazer erótico das páginas se esfregando nas pontas dos dedos, do odor discreto da tinta formando letras nuas, das oscilações da luz sobre o papel.

Devaneamos também com um espaço real de diálogo com a academia: adentrar os estúdios de crossfit de todo o Brasil, essas platônicas cavernas da maromba, e ver a revista nas mãos do pessoal fazendo leg press, ou diante dos acadêmicos nas esteiras e bicicletas ergométricas, ou mesmo que as próprias revistas exerçam a função de halteres. Objetivo mais nobre não poderíamos almejar.

Mas este opúsculo é um objeto que encerra em si muitas respostas para nossa indagação. Temos uma certeza inabalável de que o Brasil pensa melhor depois de uma reflexão sobre Freddy Krueger, ou que se torna um lugar menos inóspito com uma análise justa da nossa melhor tradução do Inferno de Dante, um país mais preciso depois de conhecer com exatidão um ponto maldito no universo, desenhadinho. De resto, exorcizando o marasmo mental, nossa maior ação civilizatória é combater o único inimigo que realmente nos apavora: a chatice.

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Diretores Editoriais
Daniel Guerra
Igor de Albuquerque

Editores
Alana Falcão
Paulo Raviere
Pérola Mathias

Projeto gráfico da capa e ilustração da capa
Peu Dourado

Coordenação editorial e de produção
André Portugal
Marcelo Portugal

Assistente editorial e revisão ortográfica
Carolina Melo

Assistente editorial
Yasmin Oliveira

Designers
Davi Cohen
Howfenns Cavalcante

Informação adicional

Peso 0.2 kg
Dimensões 1 × 21 × 28 cm

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